"Esse é seu destino e não tem como fugir dele!" Será mesmo? Como o anime Yu Gi Oh me ensinou o contrário!
Yugi Moto, que contem uma relíquia milenar que manifesta o espírito do antigo faraó Yami. |
Em parte da minha vida sempre ouvi coisas assim. Apesar da maioria dos cristãos crerem em livre-arbítrio, a maioria em alguns aspectos são calvinistas. E isso mesmo sem nem ao menos saber quem foi João Calvino. Algumas situações na vida e meios como nascemos não nos indicam que Deus nos "predestinou" a viver daquela forma. Não estou dizendo de salvação como alguns reformados creem. Mas sim, da vida mesmo.
Segundo o sociólogo Max Weber existem quatro modelos de ação do ser humano e um deles é o da tradição. No anime Yu Gi Oh na segunda temporada isso é mostrado de modo interessante:
Ishizu, Marik e Odin, os irmãos Ishtar |
No Egito a família Ishtar tem como tarefa de tomar conta do túmulo do faraó Yami no submundo, até que ele retorne. O casal Ishtar era os últimos da família e não tinham filhos, por conta da idade avançada. Um dia eles encontram um bebê abandonado na porta e o criam dando o nome de Odion Ishtar mas, como não era filho biológico não podia ser guardião do local. Um tempo depois nasceu Ishizu Ishtar e depois nasceu o mais novo Marik Ishtar. Com isso Marik ficou destinado a viver dentro daquele local por toda a vida e assim seus descendentes também. Foi iniciado e tinha uma tatuagem nas costas como lembrete de sua missão perpétua.
Tatuagem de Marik Ishtar contendo o segredo do faraó. |
Um dia Marik ainda criança decidiu com Ishzu subir e conhecer o mundo que nunca antes vira. Visitou uma feira e uma Tv estava ligada. Numa revista viu uma moto. Perguntou o que era e disse: "Um dia terei uma moto". Sua irmã disse que isso era uma ilusão e que sua vida estava traçada. Ele consegue fugir de daquele local e mudar sua vida, sendo líder de uma sociedade secreta. Além de ter uma moto, Marik vai a luta atrás das relíquias do milênio e das três cartas de deuses egípcios (Dragão Alado de Rá, Obelisco e Dragão Slifer). O que antes parecia ser o seu destino virou apenas uma página virada!
Creio que a vida do homem é assim. Ele faz o seu destino e muitas mudanças pode fazer. Pensar em uma vida condenada é ter pensamento medieval, do qual, o Renascimento Científico, e a Reforma Protestante ajudaram a acabar.
São verdadeiras as palavras do começo do hino 167, A Alma é Livre:
"A alma é livre para agir
E seu destino decidir;
Suprema lei deixou-nos Deus
Não forçará os filhos seus. (...)
Apenas faz-nos escolher
O bem ou o mal neste viver; (...)
É livre o homem pra pensar (...)
Se não, seria irracional,
Sem conhecer o bem e o mal".(Letra: William C. Clegg, 1823–1903 Música: Evan Stephens, 1854–1930)
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