sábado, 10 de outubro de 2015

"Meu corpo e (nem sempre) minhas regras!"

Esse é um dos lemas do feminismo em uma luta desde a legalização do aborto. O feminismo em si varia de direitos reais e importantes a bobeiras. Mas, a questão em si nem é essa. A eterna ex-globeleza Valéria Valenssa apareceu os cabelos loiros e alisados numa foto com o cabeleireiro Fernando Torquatto.


Obviamente está sendo alvo de críticas de várias pessoas de vários movimentos inclusive o negro e de feministas. Diante disso vamos a algumas perguntas: -Onde ficou o "meu corpo minhas regras"? Se a mulher tem o direito de abortar uma criança, porque não o de alisar o próprio cabelo?
-Desde quando cabelo liso faz a pessoa ser menos negra ou um "dread" menos branca?
-O cristianismo surgiu na Europa, então um(a) negro(a) que seja cristão(ã), ao invés de uma religião africana, é menos negro(a)? Nos anos 60 ativistas protestantes foram as ruas por igualdade entre negros e brancos nos EUA. Martin Luther King Jr. era pastor batista da Geórgia(um dos estados mais protestantes e racistas). Sua ideia era a não segregação e sim união das pessoas. Abaixo alguns trechos de seu clássico discurso "Eu tenho um sonho" de 1963:
"Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.(...) Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.(...) Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!(...) E quando isto acontecer,(...) nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho espiritual negro: 'Livre afinal, livre afinal. Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal'." Infelizmente vivemos um novo apartheid. Um etnocentrismo e xenofobia por todos os lados seja entre brancos ou negros.

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